gêmeos Monozigóticos concordantes e discordantes para a DCD: dois lados da história
Sendo um gêmeo idêntico, não significa necessariamente idênticos aos de percepção do funcionamento familiar, nem de um duplo relacionamento. Usando o projeto de controle co-gêmeo, o objetivo deste estudo foi explorar as percepções da dinâmica familiar e da relação gêmea em gêmeos monozigóticos (MZ) discordantes e concordantes para o transtorno de Coordenação do desenvolvimento (DCD). Foi colocada a hipótese de que, como foi encontrado em gêmeos discordantes para Paralisia cerebral, gêmeos sem DCD perceberiam que a família funcionava como menos saudável do que seus co-gêmeos com DCD. Também foi colocada a hipótese de que a relação entre gêmeos seria considerada geralmente como um apoio mútuo. Os dados do questionário relativos a 866 conjuntos de gémeos MZ com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos foram utilizados para identificar sete conjuntos discordantes e dois conjuntos concordantes para a DCD. Foram utilizadas medidas quantitativas (escala de funcionamento geral do dispositivo de avaliação Familiar – FAD) e qualitativas (entrevista semi-estruturada) para avaliar a dinâmica familiar e a relação dupla. Em conjuntos discordantes, seis de sete gêmeos sem DCD classificaram a família a funcionar em um nível menos saudável do que seus co-gêmeos com DCD. Todos os gémeos nos conjuntos concordantes DCD classificaram a sua família a funcionar a um nível saudável. A partir das entrevistas semi-estruturadas, temas emergentes incluíram amizade, apoio, rivalidade entre irmãos mínima, e pequenas dificuldades. Concluiu-se que, no geral, a relação de gêmeos era considerada próxima e mutuamente solidária, com uma polaridade ambivalente entre os aspectos melhores e mais difíceis de ser um gêmeo idêntico. São discutidas as implicações para a investigação, a política e a prática clínica.