Hakai Magazine
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Like the rivers of eastern England and the Mediterranean Sea near Greece, Brazil’s coast is contaminated with cocaine. Provado tóxico para os moluscos e outros animais marinhos sensíveis, a droga põe em perigo espécies que vivem perto da costa, onde está altamente concentrada. Novas pesquisas, lideradas por Lorena da Silva Souza, uma candidata a doutorado em Gestão Marinha e costeira na universidade espanhola de Cádiz, mostram pela primeira vez que a acidificação oceânica, outro perigo costeiro crescente, ameaça amplificar os efeitos da cocaína.
a cocaína atinge o oceano de várias formas. Às vezes cai de navios—a razão pela qual não é incomum encontrar quilos dela em terra. Mas principalmente, é através das pessoas que tomam a droga. Embora o fígado metabolize a maior parte do que é consumido, cerca de um por cento persiste. Esta cocaína acaba na urina do usuário, então passa por uma estação de tratamento de águas residuais onde grande parte dela se degrada, e finalmente flui para o mar.Apesar da maior parte da cocaína se decompor, concentrações elevadas da droga ilícita foram encontradas ao largo da Costa do Brasil. Nos últimos anos, os Brasileiros’ o uso da droga tem sido crescente, uma mudança atribuído ao país, a riqueza crescente e sua proximidade com Peru, Bolívia e Colômbia—onde grande parte da produção mundial de coca, a planta da qual a cocaína é feito, ocorre. Apesar dos esforços para impedir o aumento da produção de coca na Colômbia—incluindo um acordo entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que permite que agricultores sob o controle das FARC cultivem outros cultivos legais—tanto o cultivo de coca quanto a produção de cocaína atingiram um recorde em 2017.Para testar os efeitos da cocaína na vida oceânica, da Silva Souza e seus colegas brasileiros coletaram ouriços-do-mar da Baía de Santos, no Estado de São Paulo. Depois de obter a licença adequada do governo, os cientistas obtiveram crack do Departamento de polícia local. (Eles não conseguiram obter uma licença para cocaína pura, mas eles poderiam obter crack, um derivado da cocaína que compartilha as mesmas propriedades químicas que seu composto de origem.) Os cientistas criaram os ovos dos ouriços-do-mar em água do mar, às vezes administrando-os com crack, outras vezes expondo-os a uma maior acidez, e em alguns casos fazendo ambos.
descobriram que o crack e a acidez impediam o crescimento dos ouriços larvares. Quando confrontados com ambos os fatores juntos, os efeitos foram ainda piores: mais condições ácidas agravaram a toxicidade da droga. Alguns ouriços larvares não conseguiram desenvolver todas as suas pernas-defeitos que da Silva Souza diz que impediriam os animais de atingir a idade adulta.Embora da Silva Souza esteja alarmada com a quantidade de cocaína no Brasil, ela aponta para a maior conversa que temos em mãos: “tudo o que usamos de alguma forma vai para o oceano.”Muitos produtos farmacêuticos, por exemplo, colocam problemas aos organismos marinhos. Em um estudo anterior, da Silva Souza descobriu que a fluoxetina, o antidepressivo comumente conhecido como Prozac, danifica o DNA de guelras tropicais e glândulas digestivas.Sara Castiglioni, pesquisadora do Instituto Mario Negri de pesquisa farmacológica na Itália, que não esteve envolvida no estudo, concorda que outros compostos merecem maior atenção. “O que está entrando no ambiente não é um composto, mas é uma mistura muito complexa”, diz Castiglioni. “A preocupação deve ser para todos estes compostos, juntos.”
além de produtos farmacêuticos, muitos outros compostos, incluindo perfumes, shampoos e cosméticos—produtos de cuidados pessoais com ingredientes tais como o UV-a filtragem de benzofenona-4 e antibacteriano triclosan—caem sob o guarda-chuva de “contaminantes emergentes”, assim chamado para a pouca investigação que incidiu sobre eles, até recentemente. Estes produtos químicos não se degradam facilmente em estações de tratamento de águas residuais, diz Castiglioni, tornando-os especialmente concernentes à vida marinha. É um lembrete de que a ação individual tem ramificações mais amplas para o mundo ao nosso redor.