O gênero Commiphora: uma revisão de seus usos tradicionais, fitoquímica e farmacologia

Etnofarmacológicos relevância: O exsudatos resinosos da Commiphora espécie, conhecida como a “mirra”, são usados na medicina tradicional Chinesa para o tratamento de trauma, artrite, fraturas e doenças causadas pela estagnação de sangue. A mirra também tem sido utilizada no sistema médico ayurvédico devido aos seus efeitos terapêuticos contra doenças inflamatórias, doenças das artérias coronárias, doenças ginecológicas, obesidade, etc.

Aim of the review: Based on a comprehensive review of traditional uses, phytochemistry, pharmacological and toxicological data on the genus Commiphora, opportunities for the future research and development as well as the genus’ therapeutic potential are analyzed.

métodos: As informações sobre a espécie Commiphora foram coletadas através de pesquisa eletrônica (usando Pubmed, SciFinder, Scirus, Google Scholar e Web of Science) e uma pesquisa de biblioteca para artigos publicados em revistas de revisão por pares. Além disso, também foram obtidas informações de alguns livros locais sobre etnofarmacologia. Este artigo cobre a literatura, principalmente farmacológica, de 2000 até o final de dezembro de 2011. Resultados: Os exsudados resinosos da casca de plantas do gênero Commiphora são importantes medicamentos indígenas, e têm uma longa aplicação medicinal para artrite, hiperlipidemia, dor, feridas, fraturas, estagnação do sangue, na medicina ayurvédica, medicina tradicional chinesa e outros sistemas médicos indígenas. A investigação fitoquímica deste género resultou na identificação de mais de 300 metabolitos secundários. Os metabolitos isolados e o extracto bruto apresentaram um vasto número de efeitos farmacológicos in vitro e in vivo, incluindo antiproliferativos, antioxidantes, anti-inflamatórios e antimicrobianos. Os esteróides bioativos guggulsterones têm atraído mais atenção para o seu efeito hipolipidémico potente que visa o receptor farnesóide X, bem como os seus efeitos inibitórios potentes sobre as células tumorais e a eficiência anti-inflamatória. Conclusões: As resinas das espécies Commiphora emergiram como uma boa fonte dos medicamentos tradicionais para o tratamento da inflamação, artrite, obesidade, infecção microbiana, ferida, dor, fraturas, tumor e doenças gastrointestinais. A resina de C. mukul na Índia e a de C. molmol no Egito foram desenvolvidas como agentes anti-hiperlipidemia e anti-histossômicos. Os resultados farmacológicos validaram a utilização deste género nos medicamentos tradicionais. Alguns bioensaios são difíceis de reproduzir porque os materiais vegetais utilizados não foram bem identificados, portanto, protocolo analítico e padronização de extratos devem ser estabelecidos antes da avaliação biológica. O caule, a casca e as folhas deste género devem receber mais atenção. A expansão dos materiais de pesquisa proporcionaria mais oportunidades para a descoberta de novos princípios bioativos do gênero Commiphora.

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